Rural

Cultura da soja avança no Rio Grande do Sul, mas desafios persistem

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (29/02) revela que a cultura da soja está em fase de evolução em diversas regiões do estado, embora as áreas colhidas ainda não sejam significativas. Segundo o relatório, 6% das áreas estão em maturação, enquanto 63% estão em enchimento de grãos, 23% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Os tratamentos fitossanitários continuam intensos, e há relatos de fitotoxicidade de fungicidas em algumas regiões, devido às aplicações realizadas em momentos de altas temperaturas e plantas sob estresse hídrico.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a ocorrência de chuvas esparsas e de baixos volumes beneficiou algumas localidades, porém as lavouras de implantação mais tardia sofrem com entrelinhas não totalmente fechadas, resultando em maiores perdas de umidade devido à exposição direta ao sol e ao vento sobre o solo. Os produtores estão investindo em aplicação de fertilizantes foliares para minimizar o estresse e estimular o crescimento das plantas. As lavouras semeadas entre outubro, novembro e dezembro apresentam condições melhores devido ao porte mais alto, que proporciona sombreamento do solo e preserva a umidade, apesar das perdas de folhas, flores e vagens devido a fatores como textura do solo, profundidade e acumulado pluviométrico.

Em Candiota, os produtores relatam a possibilidade de uma quebra de 15% na safra devido à falta de chuvas distribuídas e volumosas. Em Dom Pedrito, a maioria das localidades enfrenta déficit hídrico, com perdas estimadas em 10%, levando ao aumento do uso de irrigação. Nas áreas irrigadas de Uruguaiana e Barra do Quaraí, o potencial produtivo é excelente, mas nas áreas de sequeiro observam-se perdas devido à redução dos níveis de umidade do solo, causando abortamento de flores. Em outras regiões, como Maçambará, Manoel Viana, Alegrete e Santana do Livramento, as lavouras implantadas em outubro com cultivares precoces deverão encerrar o ciclo mais cedo devido à menor frequência de chuvas. Em São Gabriel, a desuniformidade na distribuição das chuvas afeta o desenvolvimento das culturas, com materiais precoces sendo mais prejudicados pelos períodos de estiagem. As lavouras replantadas em geral apresentam bom potencial de produção.

Foto: USDA

Autor: Agrolink
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